O Yoga não é (só) para mim!
O Yoga não é (só) para mim!
Todos sabemos que uma atitude positiva perante a vida aumenta o sucesso e a motivação psicológica, o que se vai repercutir nas nossas atitudes físicas do dia-a-dia. Visto no sentido oposto, o modo como nos movemos ou curvamos a coluna é um sinal significativo do nosso estado de espirito ou atitude perante a vida. No nosso trabalho procuramos promover no ser humano a relação harmoniosa do corpo, mente e emoções bem como da sua actuação no mundo.
Dentro das várias opiniões desconexas que surgem quando ouvimos falar de Yoga, existem duas que se salientam:
– A primeira remete-nos para um Yoga muito parado e demasiadamente entediante para uma mente saltitante, rematando, quem a profere, que não faz Yoga porque não tem paciência. No entanto, não deveria o nosso raciocínio ser ao contrário? Ou seja, praticar Yoga porque não temos paciência e queremos desenvolvê-la?…
– A segunda associa o Yoga a posturas físicas complicadas, próximas do contorcionismo e não acessíveis ao mais comum dos mortais.
Ao longo dos tempos, multiplicaram-se diversas escolas de Yoga. Uma das mais conhecidas no ocidente é o Hatha Yoga. É importante salientar aqui que o Yoga não é uma ginástica acrobática. Apesar do leque de posturas passivas e activas o ter popularizado, estamos a falar de Hatha Yoga, ou do Yoga do sol e da lua (energia activa e passiva) que tem muito mais para oferecer do que apenas exercícios físicos. Infelizmente, ao longo dos tempos e até mesmo no seu país de origem, a imagem do Yoga, nomeadamente do Hatha Yoga, tem vindo a degradar-se.
No nosso ponto de vista, o aprofundamento do Yoga só pode ser feito ou trabalhos privados ou em pequenos grupos. Assim sendo, o Yoga ortodoxo não deveria ser ensinado nos ginásios em grandes grupos. O que se pode ensinar são algumas técnicas baseadas em Yoga que, por si só, podem já melhorar bastante a qualidade de vida de qualquer ser humano. Dessas técnicas fazem parte, entre outras, trabalho postural (asanas), exercícios respiratórios, exercícios de relaxamento e meditações.
Benefícios a curto prazo: melhora a postura; maior coordenação; consciência corporal; aumento da vitalidade; diminuição da tensão corporal.
Benefícios a longo prazo: desenvolve a força; mente mais estável; equilíbrio emocional; fortalece o sistema nervoso; aumento da força de vontade e da concentração; melhora o metabolismo, a circulação sanguínea e equilibra o sistema endócrino.
Qualquer pessoa, que seja orientada por profissionais altamente qualificados, capazes de organizar a prática de acordo com os objectivos, necessidades e possibilidades do grupo a atingir, irá certamente usufruir dos numerosos benefícios que referimos. No final, afirmará com convicção que o Yoga, seja na sua versão mais ortodoxa ou no método “adaptado” a ginásios, não é (só) para ela mas … para todos!