Pequenas grandes conquistas
Todos os anos cada um de nós tem as suas pequenas conquistas. Da lua ao coração de alguém, de um beijo a um abraço. Ultrapassar um medo, conquistar mais uma meta, dar o primeiro passo. Ou o segundo, ou o terceiro. Ver um filho crescer e ser feliz. Pronunciar amo-te. Fazer um pino, juntar as mãos atrás das costas. Conquistar a vida. Não deixar que o fio se desenrole tão rápido. As minhas conquistas nunca serão as tuas, as tuas serão claramente diferentes das minhas. Cada um de nós tem as suas pequenas ou grandes conquistas. Subir uma montanha, aprender a tocar um instrumento, gerir o medo, perdoar. Ir fundo ao desconhecido que somos. Encontrar o que não queremos e não gostamos. Aceitar. Perdoar. Crescer. Perdoar os outros e levar esse perdão de volta. Cada um de nós tem as suas grandes ou pequenas conquistas que guarda na sua sala de troféus. Superar uma perda, uma doença, fazer uma maratona, ou uma mini, ou simplesmente não fazer, porque saber respeitar os limites é também uma enorme conquista. Conquistar, deixar-se conquistar. Por medo da derrota ou por ambição do pódio damos tudo, outras vezes nada… E sobrevivemos. Cada um de nós tem as suas próprias conquistas, secretas, imperfeitas, belas, por vezes eternamente inacabadas mas que, mesmo assim, não deixam de ser conquistas. Algumas vezes tão grandes e tão longínquas para que assim tenhamos razão para dizer: era muito difícil, não era possível. Diante da morte somos todos iguais. Aquilo que plantamos antes dela difere. Uns plantam árvores, outros flores. A natureza precisa de todos, ela não faz distinção, não congratula ninguém. Einstein dizia que só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre. A escolha é nossa. Mas é preciso vivê-la. Cada novo ano é mais uma oportunidade para o fazer. Feliz ano, mês, dia, hora, minuto!