A perfeição da imperfeição
Começa dois mil e 24. Só por isso já gosto dele. Nasci no 24 do mês 12. Ora, todos temos direito às nossas preferências, não é verdade? Este ano o estúdio celebra 10 anos. Já ando por estas andanças há mais do dobro (desde que tive a sorte que conhecer o Professor Luís Lima). Entre outras coisas, resolvi sintetizar a celebração deste caminho com uma imagem e, depois de várias tentativas, escolhi uma imagem que considero imperfeitamente perfeita. Passo a explicar para quem me quiser ler. Há 1 ano, pedi à querida Amélia Alexandrino para desenhar a ideia (podem seguir o seu site em: www.ameliaalexandrino.com). Criou uma mulher normal – para que todas as mulheres se pudessem rever nela sem a obsessão que o Vyayam Yoga é só para a mulher (ou o homem) elástica/o dentro das medidas “da moda” atual. A postura é uma mistura de uma invertida com uma extensão de coluna (uma espécie de “abre latas do peito”) – para que possamos mudar de perspetiva e calçar os sapatos dos outros, mas com cor(ação). Desse coração, que não é por acaso que contém cor e ação, ramificam-se flores e folhas que se espalham pelo mundo e, para quem acredita, para além dele. Assim nasceu o círculo. A postura extravasa o círculo pois somos mais do que um corpo, assim como o trabalho que desenvolvemos é mais do que um conjunto de posturas. A imagem é propositada e imperfeitamente “rabiscada” e inacabada. Como todos nós – para que nos possamos auto estudar, aprender e crescer. Para mim… é perfeita! Como todos nós somos para alguém (apesar das imperfeições). Um novo ano imperfeitamente perfeito para todos!