A matemática das palavras
Sempre gostei das manhãs, em especial da manhã do dia 1. O um é pleno, parece indivisível. O 31 ficou para trás, já não nos pertence. É um somatório de várias coisas. Por outro lado, no 1, tal como nas manhãs, vislumbramos futuro, respiramos melhor. Chuvosas ou solarengas, são sempre o início de algo, são serenas, um manancial de possibilidades. O que teremos feito com o nosso 1 quando chegarmos novamente ao 31? Será que nesta embrulhada da vida vamos só somar “trinta-e-uns”? Voltemos ao 1, porque é tudo que temos agora. Procuremos, pelo menos, seguir os seus passos. Qualquer número multiplicado por 1 volta sempre a esse número. Voltemos sempre a casa. Uma casa onde somos mais plenos, indivisíveis e não um somatório de nadas. Feliz ano!